Em tempos passados, na época de ouro do Twitter, minha frase de apresentação era: 51% do bem, 49% do mal. Isso gerou algumas pequenas críticas na época, o que achava (e ainda acho) uma besteira! Afinal, somos feitos de luz e sombra.
Talvez as palavras “bem” e “mal” sejam pesadas. O conceito de luz e sombra hoje me parece mais inteligente. A gente precisa de um equilíbrio.
Falando nisso, existe um conceito chamado “Efeito Sombra” que fala exatamente isso. Toda luz cria uma sombra. E que nós precisamos ficar de bem com a tal sombra para podermos nos perceber como seres completos.
A maioria das pessoas tá mais acostumado com meus 51%. Doçura, bondade, amor pelos animais, pensamentos positivos, palavras de apoio, disponibilidade quase infinita de ajudar e ensinar, gentileza, sorriso, presentinho fora de hora.
Mas é obvio que tenho o lado obscuro, tem aqueles 49%: Um rock pesado e sujo no ultimo volume, prazer em esbravejar palavrões, levantar a voz por revolta, ler histórias que não acabam em finais felizes e acabar com uma garrafa de vinho tinto no meio disso tudo. Tenho meu lado vingativo, cruel e não tenho disposição para perdoar ou paciência para isso também. E tá tudo bem! Você também tem um lado assim!
Isso as vezes surpreende quem não está muito perto... como pode essa doce menininha, cantar aos berros uma música do Matanza? Como pode essa garota que escreve tanta coisa cheia de fofura ter assistido todo o acervo sobre serial killers do Netflix? Como pode essa pessoa tão gentil saber xingar tão bem?
Acho engraçado quando me dizem “não consigo te imaginar brava”. Todos nós ficamos bravos, irritados, possessos. Alguns gritam, outros quebram coisas, os fãs de Nero botam fogo (#tamojunto). Nesse planetinha, foram poucos os pés santos que pisaram, e nós com certeza não fazemos parte desta estatística.
Todos nós somos serzinhos do mal. Mas somos serzinhos do bem também.
E tá tudo bem! Eu ainda sou amor!
