Existe força na delicadeza. Existe personalidade na suavidade. Existe desejo no discreto.
Em uma mulher, existem faces que se desdobram de acordo com a luz que a ilumina, e é tolo quem acredita que um indivíduo regido pela lua, não tenha fases e que elas têm o poder de influenciar até mesmo as marés.
Se a luz clara do dia ressalta a doçura e a alegria despreocupada de uma criança, o entardecer revela aquilo que só pode ser visto de perto... o íntimo.
Quem você é quando ninguém está te olhando? Quais são seus pensamentos mais profundos? Quais as amarras que solta quando tem a chance de ser completamente livre do mundo e perfeita para você mesma? Quem é a pessoa que você abriga em seu íntimo?
Reconhecer o íntimo, brincar com ele, com sua força, seu mistério e sua sensualidade está sendo uma experiência desafiadoramente saborosa, principalmente quando decido expor esse pedaço de mim, reservada até então para noites e taças de vinho.
E falar disso, é falar de verdade novamente. Mas desta vez não quero falar em verdade apenas nas atitudes, mas na verdade que o espelho te mostra. Claro que um mix de maquiagem, luz e lentes ressaltam o que uma mulher tem de melhor, mas a beleza, minha cara, está dentro de você, por mais clichê que isto pareça.
Eu gosto do mistério que é me reconhecer. Gosto da música francesa e da fumaça do cigarro que desenha as nuances desse momento. Gosto do bagunçado do cabelo ao vento e do sol que aquece a pele. E sabe por que eu gosto? Porque estou novamente me descobrindo ao me revelar.
Quantas de nós não reconhecemos a nossa incrível beleza. Quantas se sentem uma eterna criança, logicamente aproveitando os inúmeros pontos positivos disso, mas se sentido menosprezada de alguma forma por não se reconhecerem mulheres? Por não acreditarem em seu poder de sedução, em seu corpo, em suas formas? Como se para isso fosse necessário uma soma perfeita de atributos que para a maioria de nós é inatingível.
Dentro de uma “nerd” existe um mulherão. Dentro de você, existe um mulherão. E o que faz esse “mulherão” ser assim, não é a pele lisa, os quilos a menos, bochechas menores, centímetros a mais. Essa grande Deusa que reside em ti se nutre da tua consciência verdadeira de quem é. Porém não é fácil a gente fazer com que ela desperte e nos represente... temos vergonha, muitas vezes de ser julgada ou ridicularizada.
Eu sou meiga, mas não sou uma princesa da Disney imaculada. Você também não precisa ser uma, caso você não queira! Eu devo estar nas páginas de algum outro livro que não seja um conto de fadas... talvez esse livro eu ainda precise escrever. Assim como você... desenhe, escreva, realize quem você é. Quem sabe mostrar ao mundo quem és quando ele não pode te ver, seja um exercício de auto-afirmação fortíssimo!
Neste momento, eu estou me sentindo a melhor versão de Therumy. Nunca me senti tão linda. Mesmo que para muitas pessoas o que eu acho belo não seja agradável ou correto, o cabelo pintado e tão curto, a pele tão pálida, um cigarro nas mãos, tatuagens pelo corpo. Mas essa é a MINHA melhor versão para mim. E eu te convido a pensar na sua melhor versão, não para agradar outros, mas para agradar a você. Quero que embarque nesta viagem comigo, com o destino ao teu interior e a tua beleza verdadeira. Ela te deixará confiante. E não existe nada mais potente neste mundo do que uma mulher confiante.
Partiu?

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