Acelera! Você pode! Pisa fundo! A estrada é só sua! Corra! Vá até o seu limite. Ninguém pode segurar você. Quer dizer... não podia!
Era assim que a humanidade se sentia... Como em uma corrida, em um carro potente e veloz! Pisando fundo, sentindo a adrenalina e a força voraz de ser dominante e cruel. Mas teve que frear.Foi obrigada a frear. A natureza. O destino. Seja lá como podemos chamar isto... Algo nos obrigou a frear.
O mundo parou! Um vírus que nem sequer conseguimos enxergar nos fez parar. Não foi uma barreira gigantesca de pedras. Não foi um muro. Não foi um iceberg. Não foi um meteoro. Foi o invisível aos olhos que nos fez parar.
E será que já deu para entender um pouco o porquê disto tudo?
É para que todos nós possamos olhar para dentro. Olhar para a gente. Para respirar, desacelerar e refletir de verdade! Afinal, a gente não reclamava que não tínhamos mais tempo para nada?! Então! Nós ganhamos aquilo que tanto pedimos! E agora, faz o que com isso?
E será que já deu para entender um pouco o porquê disto tudo?
É para que todos nós possamos olhar para dentro. Olhar para a gente. Para respirar, desacelerar e refletir de verdade! Afinal, a gente não reclamava que não tínhamos mais tempo para nada?! Então! Nós ganhamos aquilo que tanto pedimos! E agora, faz o que com isso?
É uma oportunidade única e talvez a última que a gente tenha para evoluir e nos tornarmos melhor. Olhar para aquilo que a gente se tornou e buscar redenção. Sim, redenção. Pois estamos tendo ainda uma oportunidade de mostrar ao mundo que vale a pena acreditar na gente, que parte de nós ainda vale a esperança! Que o planeta não deve desistir da gente.
Dentro das tuas grades, olhe para dentro de sí! Sem egoísmo! Sem pena também. Aproveite o silêncio e se escute.
E quem está contigo neste momento? Por algum motivo a sua companhia é quem deve estar ao teu lado neste tempo. Um precisa do outro. É tempo também de olhar para a sua família. Muitos serão obrigados a conviver com ela neste momento. Desligue a TV e conversem, se escutem, se abracem. Se perdoem, riem, aproveitem a oportunidade que a vida está te dando! Quem puder fazer isto...
Então... O que mais precisa ser dito para nós, crianças mimadas que somos, para entender, que, ou a gente muda, ou nossa “mãe” tomará medidas extremas?
E quem está contigo neste momento? Por algum motivo a sua companhia é quem deve estar ao teu lado neste tempo. Um precisa do outro. É tempo também de olhar para a sua família. Muitos serão obrigados a conviver com ela neste momento. Desligue a TV e conversem, se escutem, se abracem. Se perdoem, riem, aproveitem a oportunidade que a vida está te dando! Quem puder fazer isto...
Recebemos um presente de grego. Uma uma oportunidade de avaliar muitas coisas... e algumas coisas tiramos conclusões boas e outras esfregam verdades amargas na nossa cara: o consumo, a vaidade, as relações, a rotina, o trabalho, o egoísmo, o tempo, a forma como nos alimentamos, o valor do dinheiro, a nossa casa, a desigualdade social, o tédio, os hábitos que tivemos em nossa vida, a família, a liberdade, quem a gente coloca no poder.
Sabe quando nossa mãe nos colocava de castigo, sentada no cantinho para “pensar no que a gente fez”. É exatamente o que está acontecendo com a gente. Estamos sendo obrigados a pensar no que a gente fez de errado. E agora eu te pergunto. Quando a gente saia do castigo, antes do tempo, sem pensar no que a gente fez, o que a nossa mãe fazia? Ou nos colocava lá de novo, ou quem sabe rolava uma chineladinha.
Então... O que mais precisa ser dito para nós, crianças mimadas que somos, para entender, que, ou a gente muda, ou nossa “mãe” tomará medidas extremas?
E lamento te contar... mas as coisas vão piorar. Ainda teremos fases piores. Ainda o medo não estará alastrado, a sensação de morte iminente ainda está longe, pelos canais de TV mostrando as belas ruas italianas, que um dia eu pretendo passar. Quem sabe, quando chegar neste sentimento triste aqui, a gente entenda o que eles lá sintam, e quem sabe entendamos um pouquinho o que os refugiados de guerra sintam, e um pouquinho o que um vilarejo africano sentiu em tempos de ebola, ou um pouquinho do que Brumadinho sentiu. Enfim, sei que é pesado o que estou dizendo, mas muitas vezes só quando uma pessoa sente medo de verdade, passa a entender que outra pessoa também sente. Só quando uma pessoa sente dor, entende que o outro também sente.
Faltará dinheiro. Sobrará fome. Haverão lágrimas. Por isso não pode faltar empatia.
No meu ver, isto maior do que uma doença! É maior do que eu, do que você, do que nossa roda de amigos ou nosso país. É maior do que a conta bancária de grandes figurões! É maior do que uma crise financeira! É uma reconfiguração de muitas coisas. Foi dado um reset no mundo e a culpa é todos nós! Fomos egoístas, gananciosos, autoritários. Nós descumprimos as leis da natureza. A gente foi indo, cada vez mais rápido, mais imprudente, mais acelerados, mais sedentos, e quando percebemos, chegamos aonde estamos. É uma intervenção! É necessário, dolorido, triste, assustador. Mas é uma chance... A chance que temos de pisar no freio. De respirar. De aceitar e voltar uns passos.
Abrace quem você puder! Só quem está dentro da sua casa, por segurança, viu!
Daqui uns dias, vamos precisar de mais força, amor, empatia e solidariedade.
E quando isto passar, pois vai passar, vamos tentar juntos fazer alguma coisa diferente?
Daqui uns dias, vamos precisar de mais força, amor, empatia e solidariedade.
E quando isto passar, pois vai passar, vamos tentar juntos fazer alguma coisa diferente?
