16 de abril de 2020

Tutu Tubagata



Cinza sempre foi uma cor que eu associei com tristeza.

O nublado era sempre sinônimo de melancolia.

Dias cinzas, sorrisos cinzas, nuvens cinzas, sempre foram formas que eu usava na escrita para representar a falta de alegria.

Mesmo que eu ame dias de chuva!
Mas o cinza agora para mim é uma paleta que representa energia, beleza, felicidade.
O cinza é a cor da Tutu.

Meus dias estão cinzas. Cinza de Tutu. E isso é bom!
Cinza de uma gatinha filhote que morde, arranha, estraga tudo o que vê. Que cavoca a terra dos vasos, corre pela casa, entra em qualquer lugar que pode (e não pode), provoca os outros seres da casa, tenta tomar o café da minha caneca, sobre em cima do meu notebook, não me deixa trabalhar sossegada e depois de fazer muita bagunça, pula do meu colo, me olha com seus lindos olhos verdes e se aninha para dormir.

Agora eu gosto de cinza!
Pois cinza ronrona! Cinza tem nariz rosado que toca no meu. Cinza nota que eu estou triste e esfrega sua pequena cabeça em minha buchecha para dizer que está perto. Cinza mia!

Cinza é tão lindo! Eu agora adoro esta cor!

15 de abril de 2020



Cabelos desgrenhados, dentes ligeiramente grandes, valores morais bem balisados e intensos, dedicação, lealdade, chatice, nerdice, uma bruxa fabulosa, foco nos estudos, paixão pelos livros. Hermione Granger tem muito de mim.

Fuga da realidade nas situações mais corriqueiras possíveis. Histórias fabulosas que só fazem sentidos em mundo de sonhos. O sorriso dos outros antes mesmo do seu. As framboesas e os feijões. Um anão de jardim que pode viajar pelo mundo. Aquele som de sanfoninha que dá vontade de dançar com vestidos retrôs e sapatinhas. Amelie Poulain tem muito de mim.


Olhos de jabuticaba, a gula pelo o que há de bom na vida, as fatias de melancia, um gato como cia, o senso de humor irônico. Magali tem muito de mim.


As vezes eu acho que a realidade é que não tem muito de mim, pois parece que ela não se encaixa com aquilo que sou. Talvez porque ela não seja tão poética, doce e aventureira. É chata, fria, tediosa e cansativa.


Mas o que somos nós se não personagens de nossas próprias vidas... de romances, dramas, comédias e terrores? Novelas mexicanas ou documentários sobre a vida selvagem de indivíduos comuns em dias de outono de uma pandemia.


Só sei que sou a mistura de muitas coisas, cheia de facetas e e digna de ser um personagem daqueles livros cheio de páginas, pesados e de capa dura e bem bonita. Só preciso começar a escrever ele de uma vez!

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