Cabelos desgrenhados, dentes ligeiramente grandes, valores morais bem balisados e intensos, dedicação, lealdade, chatice, nerdice, uma bruxa fabulosa, foco nos estudos, paixão pelos livros. Hermione Granger tem muito de mim.
Fuga da realidade nas situações mais corriqueiras possíveis. Histórias fabulosas que só fazem sentidos em mundo de sonhos. O sorriso dos outros antes mesmo do seu. As framboesas e os feijões. Um anão de jardim que pode viajar pelo mundo. Aquele som de sanfoninha que dá vontade de dançar com vestidos retrôs e sapatinhas. Amelie Poulain tem muito de mim.
Olhos de jabuticaba, a gula pelo o que há de bom na vida, as fatias de melancia, um gato como cia, o senso de humor irônico. Magali tem muito de mim.
As vezes eu acho que a realidade é que não tem muito de mim, pois parece que ela não se encaixa com aquilo que sou. Talvez porque ela não seja tão poética, doce e aventureira. É chata, fria, tediosa e cansativa.
Mas o que somos nós se não personagens de nossas próprias vidas... de romances, dramas, comédias e terrores? Novelas mexicanas ou documentários sobre a vida selvagem de indivíduos comuns em dias de outono de uma pandemia.
Só sei que sou a mistura de muitas coisas, cheia de facetas e e digna de ser um personagem daqueles livros cheio de páginas, pesados e de capa dura e bem bonita. Só preciso começar a escrever ele de uma vez!

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