21 de agosto de 2018

Preciso de um tempo


Me perguntaram se eu não havia escrito mais nada... e tristemente para o meu ego, a resposta foi não. E digo que é para o meu ego, pois a facilidade da escrita é para mim um orgulho, afinal, sou um ser humano comum e tem coisas que fazem a gente se sentir um pavão de penas cintilantes.
Não me acho a melhor pessoa ao encaixar as palavras, seria uma ridícula petulância, mas eu me sinto bem comigo mesma quando realizo tal feito. E não fazer, faz com que eu me entristeça.
Me sinto como um cachorro que corre atrás do seu próprio rabo. E creio que muitas pessoas se sentem assim. Vou explicar isso um pouco melhor... Minha cabeça não está dando pausa, pois exige de mim mais do que estou podendo realizar. Na verdade quero aprender tantas coisas, guardar tantas informações, realizar tarefas de forma tão efetiva que ela resolveu fazer apenas uma coisa: doer!
Crises de enxaqueca e uma sinusite abobada me fazem companhia nas ultimas semanas.

São tantas coisas... quero escrever mais destes textos e outros de um projeto que faz meu coração pulsar com alegria, quero voltar a levar a academia a sério, participar das palestras do centro espírita, me alimentar melhor e com isso cozinhar mais, quero estudar yoga, meditação, desenho, fazer um curso incrível que vi, fora o desejo constante de fazer tudo o possível para o meu trabalho na agência ser relevante. Ah, tem o lado humano ainda, estar com quem amo de forma inteira.

Aí o que ando fazendo? Um pouco de cada coisa, mas nada da maneira que acho bom o suficiente.
Agora estou aqui tentando escrever, e meu gato Farelo está grudado no meu braço fazendo a tarefa ser mais complicada.
Enfim, você também se vê em certos momentos da vida paralisada diante das montanhas que precisa escalar. Por favor, não me entenda mal, não quero fazer dramas, como se isso fosse um grande problema. Isso não é um problema que merece sofrimento, é só uma pausa para tomar uma água.
Estes dias estava pensando que o dia precisava ter mais horas, mas do que adiantaria, pois é necessário plenitude para fazer essas horas se transformarem em ações, e é essa plenitude que está faltando e sobrando caixas de remédios. Mas lá no fundo do meu peito existe tanta vontade de fazer coisas boas para este mundão, tem tantas ideias fervilhando em tantas áreas, mas meu corpinho está paralisado tipo o piripaque do Chaves.

A incapacidade criativa me deixa fraca, mas ao mesmo tempo me permite a reflexão de que existem coisas que não podem ser vistas, mas que tem um poder incrível sobre as nossas vidas.
Muitos de nós chegamos nesses pequenos dilemas da vida. O querer fazer mais, ser mais, aprender mais, desenvolver mais, experimentar mais e parece que nunca é o suficiente, pois existem tantas e tantas coisas para serem feitas. Além disso vivemos numa época em que a gente se cobra demais, e cobra dos outros também, como se todo mundo devesse ter um alto rendimento em todas as áreas da vida, é preciso ser bom em tudo. Não sei de onde isso surgiu, mas sei que não leva para um lugar bom. Sempre ouvi do meu perfeccionismo, mas muitas vezes discordei disso, afinal desde criança achava que o mínimo que devemos fazer é o melhor que possa ser feito. Como sou bobinha né?!

Sou tão bobinha que estou escrevendo um texto xoxo sobre a minha incapacidade de escrever coisas boas, na expectativa de encontrar pessoas que também se encontram nessa paralisação criativa, e também para que outros se sintam representados para que achem que está tudo bem, porque afinal, está tudo bem.
Em breve a gente se encontra para fazermos grandes feitos, mas até lá, vamos tomar um chazinho de camomila e comer um biscoitinho tá!

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