22 de novembro de 2019

Perfeita celulite



Sabe o que eu e a Paolla Oliveira temos em comum? E que provavelmente você, minha amiga, também tem?

Celulite!
E qual o problema né?!
A gente cria uma imagem idealizada de mulheres perfeitas. Óbvio que a mídia e a publicidade dão um gás nisso! Chegando num momento que tanto nós mulheres, quanto os homens passam a realmente acreditar na existência de numa beleza endeusada, perfeita, imaculada.

Mas meus caros...isso não existe! CASO AINDA NÃO TENHA ENTENDIDO!
A gente tem um pouco de culpa nisso! Condenamos nossos defeitos como se houvesse a possibilidade deles não existirem. Criticamos as gordurinhas das outras mulheres, as manchas na pele, o cabelo sem brilho e por aí vai, como se todas nós tivéssemos a obrigação de ser perfeitas. Como se a beleza realmente devesse seguir um padrão.
Homens também irritam nesse sentido. Ficam fantasiando com uma Paolla Oliveira, mas muitas vezes não valorizam a mulher incrível que tem do lado. Meninos, deixa eu contar uma coisa... a Paolla é uma mulher como a sua. Ela também vai acordar despenteada e sem maquiagem, também tem olheira, também usa moleton e olha só, também tem umas celulites naquele bumbum que fez parar o Brasil um dia. Ambas são lindasssss.

Não estou dizendo que é para a gente ignorar nosso corpo. Não é isso! O nosso corpo é nosso templo. E a vaidade também tem a ver com autoestima, confiança, empoderamento. Sou a favor dela, a favor de se olhar no espelho e ficar feliz com isso, a favor de se cuidar como um ato de amor próprio. O que estou dizendo na verdade é que não devemos ser reféns disso.

E que bom que algumas coisas estão mudando. Que algumas marcas estão parando de usar somente aquelas modeletes magras e usando meninas com corpos mais realistas. Que tá tudo bem aparecer na rua de cara lavada. Que tem gente pouco ligando para tratar a foto no Photoshop e esconder a celulite e as estrias. Isso é liberdade!! Lembre-se: ACEITAR ESSES “DEFEITOS” É SINAL DE CONFIANÇA.

A Paolla não tem obrigação de ser perfeita.
Eu não tenho obrigação de ser perfeita
Você não tem obrigação de ser perfeita.
Se a gente parar de julgar os coleguinhas, tudo fica melhor!


7 de outubro de 2019

Toda menina precisa de uma coelha



Teve um dia que o Coelho da Páscoa me traumatizou.


Não sei ao certo quantos anos eu tinha, mas havia feito uma combinação (forçada diga-se de passagem) com o tal Coelho. Eu trocaria com ele minha chupeta velha por uma nova e os chocolates dignos da data. E eis que acordo na manhã de Páscoa e realmente, a minha chupeta nojenta já havia desaparecido da minha cama. Vou em busca do ninho escondido e eis que encontro o combinado. Chocolates e uma chupeta nova.

Porém eu não gostei da troca. Fiquei magoada com aquele Coelho sacana. Afinal, não tinha assinado nenhum contrato, na verdade devo tem só acenado com a cabeça, em alguma das investidas dos meus pais. Tudo bem, tanto meus pais, quanto o Coelho, estavam certos, eu devia largar aquele troço velho, babado e nojento. Mas era meu!
A noite seguinte foi pior, pois temi que o Coelho levasse embora outra coisa velha e fedida que eu me importava: A Lilica.

28 de agosto de 2019

Efeito Sombra

 


Em tempos passados, na época de ouro do Twitter, minha frase de apresentação era: 51% do bem, 49% do mal. Isso gerou algumas pequenas críticas na época, o que achava (e ainda acho) uma besteira! Afinal, somos feitos de luz e sombra.

Talvez as palavras “bem” e “mal” sejam pesadas. O conceito de luz e sombra hoje me parece mais inteligente. A gente precisa de um equilíbrio.
Falando nisso, existe um conceito chamado “Efeito Sombra” que fala exatamente isso. Toda luz cria uma sombra. E que nós precisamos ficar de bem com a tal sombra para podermos nos perceber como seres completos.

A maioria das pessoas tá mais acostumado com meus 51%. Doçura, bondade, amor pelos animais, pensamentos positivos, palavras de apoio, disponibilidade quase infinita de ajudar e ensinar, gentileza, sorriso, presentinho fora de hora.

Mas é obvio que tenho o lado obscuro, tem aqueles 49%: Um rock pesado e sujo no ultimo volume, prazer em esbravejar palavrões, levantar a voz por revolta, ler histórias que não acabam em finais felizes e acabar com uma garrafa de vinho tinto no meio disso tudo. Tenho meu lado vingativo, cruel e não tenho disposição para perdoar ou paciência para isso também. E tá tudo bem! Você também tem um lado assim!

Isso as vezes surpreende quem não está muito perto... como pode essa doce menininha, cantar aos berros uma música do Matanza? Como pode essa garota que escreve tanta coisa cheia de fofura ter assistido todo o acervo sobre serial killers do Netflix? Como pode essa pessoa tão gentil saber xingar tão bem?

Acho engraçado quando me dizem “não consigo te imaginar brava”. Todos nós ficamos bravos, irritados, possessos. Alguns gritam, outros quebram coisas, os fãs de Nero botam fogo (#tamojunto). Nesse planetinha, foram poucos os pés santos que pisaram, e nós com certeza não fazemos parte desta estatística.

Todos nós somos serzinhos do mal. Mas somos serzinhos do bem também.
E tá tudo bem! Eu ainda sou amor!


21 de junho de 2019

O case de sucesso de uma madrinha péssima

Sou uma péssima madrinha!
Não tenho jeito com crianças, não sei brincar, não sei como conversar, mesmo gostando muito do universo infantil e ter agora um escritório com vários bonecos e brinquedos. E mesmo assim, sendo péssima, tenho vários afilhados... na hora de escolher presentes para eles é sempre algo educacional, que estimula o raciocínio. Nada de bonecas e carros comuns... mas jogos, massinhas, coisas de montar e claro: livros!

O meu afilhado mais velho é o Henrike, um menino de ouro. Um serzinho que eu amo demais. Normalmente quando entrego um pacote de presente para ele, já adivinha...é um livro né?! E segundo minha cunhada, mãe dele, deu certo. Pelo menos um, eu já consegui persuadir. Os outros ainda são pequenos demais, mas quem já sabe folhar alguma coisa, já ganhou livros.

Um dia ele disse para os pais dele, que eu dava tantos livros pois queria que ele lesse e que eu era a pessoa mais inteligente que ele conhecia. E esse meu pequeno, é o melhor leitor da turminha dele, acredita?! E sabe porque eu estou te contanto isso? Porque talvez para ser uma dinda relevante, não precise saber brincar e correr, nem saber trocar fralda, fazer parar de chorar ou estar sempre presente. Afinal, nem todo mundo tem jeito com os pequenos.

E por isso também quero contar uma outra história. Quando eu era pequena eu também tinha uma grande admiração por um dindo e acreditava também que ele era a pessoa mais inteligente que eu conhecia: O dindo Flávio.

8 de maio de 2019

Eu posso te abraçar?


Estava conversando com uma amiga que não via há alguns meses. Essa vida corrida faz da gente seres invisíveis. Mas enfim, falávamos sobre algumas coisas não positivas, mas de grande aprendizado que aconteceram na vida dela, e me veio alguns questionamentos em minha cabecinha miolenta.

Já percebeu como a gente tem o péssimo hábito de minimizar a dor do outro? Como a gente acaba muitas vezes não dando tamanha importância para o que outro sente, pois a gente relativiza com o que a gente sente, com a nossa forma de encarar os desafios e a dor. Peraí...vou te explicar!
 
Falávamos sobre síndrome do pânico. Algo difícil para muita gente entender, pois realmente é complicado conceber a ideia de que você está tendo um piripaque e acha que vai morrer, mas teu corpicho tá na verdade de boas. Aí tem gente que diz, “isso é só uma coisa da sua cabeça”, e realmente é, mas ao falar isso, acaba minimizando (mesmo que não seja por querer), como se fosse uma bobagem, uma coisa qualquer, ou pior, que não é de verdade e que aquela pessoa quer estar naquela situação.
E deixa eu te contar...ela não quer!
Ninguém quer!

16 de abril de 2019

Deu pra ti princesinha


Quando eu era menina, a minha princesa preferida era a ... Mortícia Addams.
Ah, tinha também a Elvira, as bruxas de Abracadabra e também a Xuxa, que ainda tem a fama de disseminar mensagens obscuras nos seus discos, quando girados ao contrário.

Seria eu uma esquisita? Claro que não!
Sou de uma geração de princesas meigas, delicadas e frágeis. A única que curtia um pouco era a Bela, afinal é ela quem resgata a Fera através do seu amor e não ao contrário. Mas as outras... pareciam que faltava um pouco de poder, de ímpeto, de graça.

Sorte dessa nova geração com ícones como a Hermione, Valente, a Elsa, a Mulher Maravilha, a Capitã Marvel. Personagens sem a necessidade absoluta de um príncipe, um resgate em um cavalo branco, essas coisas...
Obviamente não sou contra o romantismo das histórias, afinal sou movida pelo amor, e minha querida Mortícia vive um grande, intenso e eterno caso de romance com o charmoso Gomes. Mas acho cansativo esses padrões criados e acreditados durante tanto tempo, que nós mulheres, seremos resgatadas de uma torre e seremos salvas com um selinho mixuruca.

Prefiro as bruxas! 

18 de fevereiro de 2019

Não sou corpo, sou alma


Você está numa sala com 10 pessoas. Você parece bem, plena, confiante, mas lá no fundinho está ansiosa, está se sentindo deslocada, insegura por qualquer motivo, seja o cabelo que não está impecável, a roupa que não caiu bem, tá inchada por estar naqueles dias, por achar que tem um alface no dente, ou porque vão te perguntar alguma coisa e não saberá responder... Deixa eu te contar uma coisa... nesta sala existem 11 pessoas sofrendo.
Todo mundo neste mundo se sentirá inseguro em algum momento. E duvido quem se sinta tranquilo o tempo todo, a ponto de discordar com essa minha estatística! Se sentir plena todos os dias da vida é uma tarefa impossível.

4 de janeiro de 2019

Salve os unicórnios



E aí 2019! Finalmente você chegou! Estávamos ansiosos por este momento e agora a pergunta é o que você espera da gente e também o que esperar de você!

O ano passado foi intenso e tenso. Muitas coisas boas se revelaram e outras bem complicadas tomaram forma.
Em 2018 me descobri, entendi e vi beleza e grandeza em coisas pequenas que fazia. Foram muitos redescobrimentos, afirmações e fortalecimento de valores e crenças em coisas boas. Me desenvolvi como ser humano e entendi (na verdade aceitei) minha essência, a qual muitas vezes achava frágil, mas nela percebi a minha maior força.

Tatuei minha pele, seduzi uma câmera, escrevi muito, idealizei um sonho, que um pouco mais tarde do que planejado ainda vai sair do papel e virar papel. Um ano que serviu para reforçar quem eu sou e o que eu quero do mundo e para o mundo. Tens ideia o quão grandioso é isso, mesmo que subjetivo?
Sinto que me libertei de muitas amarras!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...