2 de fevereiro de 2021

O tempo está bom para quem?

 


Vi uma publicação com a frase, de um dos meus filmes preferidos “são tempos difíceis para os sonhadores”. Aí fiquei pensando, e quando não é?

Nunca foi e talvez nunca será tempos bons para aqueles que sonham demais.
Busque na história...aqueles que sonharam demais até prosperaram e conquistaram seus sonhos, mas até chegarem lá, foram subjugados, humilhados, ridicularizados. Você acha o Disney incrível? Assista um filme chamado Walt antes de Mickey. Hoje a maioria de nós se curva pelo gênio criativo e de negócios que o império Disney é. Mas ele começou sendo um sonhador. Sonhador esse, que muita gente não acreditou.

Sonhadores costumam ser sensíveis. E se estamos em tempos difíceis para quem é sonhador, imagina para quem é sensível. Sensibilidade neste momento é uma daquelas características que seria bom ter um interruptor que pudesse simplesmente desligar, mas não dá. E se no ar, paira uma energia pesada, negativa e melancólica, a gente serve como um para-raios esponjoso e estúpido. Realmente não são bons tempos para pessoas que choram em comercial do Zaffari!

Sonhadores normalmente são movidos por amor. Muitas vezes o amor pelo seus sonhos. Mas as vezes quem ama demais, ama mais do que uma coisa, ou uma pessoa. Ama uma causa, um movimento, uma ideia, a natureza, os animais, a vida, o outro ou só ama, sem entender exatamente as dimensões desse amor. E quando de ama demais, também se sofre, afinal perder algo ou alguém que se ama, ou corre o risco disso acontecer é um gatilho de sofrimento. Será que haverá tempo bom para quem ama demais?

Sonhadores também idealizam coisas, meio que misturam o que é ideal e sonho. E idealização gera frustração, e isso é meio que óbvio.
 As coisas, as pessoas, a realidade não é como a gente idealiza e isso categoricamente vai dar errado um dia. Idealizadores projetam um mundo perfeito, mas isso só acontece dentro de uma bolha que vivem outros sonhadores com lentes rosas e crenças de que tudo é possível, mas quando se desperta para mundos reais, cinzas e monetários, descobre-se a frieza real das coisas.

Mas se o mundo não é dos sonhadores, dos sensíveis, dos amantes, dos idealizadores, o mundo é de quem afinal? O tempo está bom para quem?

Shortinho tipo Anitta



Vocês viram sobre o motorista de Uber de Poa que assediou uma garota de 17 anos e depois de ter sido denunciado, colocou a culpa na menina, pois ela estava com um shortinho tipo Anitta e top? Só que a menina esperta filmou tudo sem que ele visse. Ahh, o homem de bem ainda disse que ela estava rindo, não parecia incomodada com os “elogios e investidas” que ele estava fazendo. Frases como “eu não sou seu pai, faria coisas com você que ele não faria”.

Até quando vai ter homem “macho” que acha que a roupa de uma mulher é um convite? Nós não podemos sentir calor, não podemos ir e vir com liberdade, não podemos nos descuidar em nenhum minuto.
Quantas de nós fingimos não ouvir um “fiu fiu” na rua, ou rimos de uma “piada” de mal gosto, se fazendo de desentendida, por medo, desamparo ou constrangimento. Eu já fiz isso! Não me orgulho, mas a gente não tem aula na escola para aprender a se defender. Sorte que hoje há um movimento FEMINISTA SIM que empodera as mulheres e dão voz e vez para todas nós.

Eu só aprendi efetivamente a dirigir porque um homem mexeu comigo no ônibus em direção ao trabalho. E olha que curioso...eu nem estava usando um shortinho tipo “Anitta”. Já fui uma garota tonta que não entendia a maldade de homens que conviviam comigo. Já fui a menina frágil que se deixa levar em relacionamentos tóxicos.

Mas por sorte (e maturidade), hoje eu sou a mulher que usa shortinho tipo Anitta que é empoderada, sabe o que quer e que não é conivente com essa palhaçada machista. Sou tipo Anitta que dança quando tem vontade até o chão, usa roupa curta, faz o que quer e tá pouco se lixando para moralidade rasa. Mas mesmo sendo assim e sabendo o meu lugar no mundo, ainda tenho medo de sair sozinha por aí.. @anitta me representa!

21 de julho de 2020

Amiga de infância

 


Lilica, uma coelha encardida, fedida, desmilinguida e uma das minhas maiores amigas da infância. Amuleto divino e portadora de coragem para enfrentar qualquer desafio ou monstro que viesse perturbar na madrugada. Ouvinte pacienciosa, companhia nas crises de dor de cabeça e mordidas em bolo de cenoura, o nosso preferido.

 Hoje ela ainda é um dos meus troféus e um dos itens de valor inestimável das conquistas da minha vida. Atualmente, guardada o mais perto de mim possível, para que eu possa pedir socorro quando precisar ou sorrir ao vê-la de repente e lembrar de quantos Xous da Xuxa a gente assistiu juntas. Fiz muitas amizades nesta vida, muitas que são incrivelmente especiais, algumas desde que me conheço por gente, algumas devem ser de outra vida, outras que tem uma conexão linda, algumas que tenho saudade, outras que queria estar mais perto e de poder abraçar com mais frequência. Acho que tenho muita sorte nesta vida, de ter amiga gente, amiga gata e amiga pelúcia. Ou vai ver, eu sou só uma doidinha mesmo!

6 de maio de 2020

Quando eu odiava as flores



Teve um tempo que vivi em meio a flores. Durante parte da infância e adolescência minha mãe tinha uma floricultura e neste período de dia das mães, todos os cômodos da nossa casa eram tomados por caixas de flores com suas cores, texturas e aromas. E eu simplesmente ODIAVA.

Numa época onde não existiam flores artificiais, as flores eram uns dos principais presentes de dias das mães e nossa família trabalhava muito na semana inteira. A nossa geladeira era lotada de rosas vermelhas, pois se você não sabe, é ali que elas são guardadas, e até hoje tenho ranço de rosas e seus espinhos, pois era a minha tarefa retirar todos os espinhos daquelas plantas metidas. Espinhos criados a whey protein, que mesmo havendo ferramenta para retirá-los, o jeito que achava mais eficiente era com os dedinhos mesmo. E cada espinho era uma dose maior de ranço! E cada pedido de 30, 60, 100 rosas enfeitadas que chegavam naquele balcão eu ficava mais possuída pelo ritmo ragatanga e imaginando quem gostava daquela breguice! Tudo bem, estamos falando de mais de uns 20 anos atrás...

Quando acabava aquela semana, estava eu com os dedos doloridos. Minha mãe com as mãos tingidas de fitas e igual um zumbi. Meu pai com glitter até pelas orelhas pois na época todo mundo queria sufocar as flores com brilho. Entrávamos para casa e a geladeira estava vazia, pois não existiam mais rosas dentro e a gente havia esquecido de comprar comida. Minha vó tinha feito um carreteiro ruim (nisso ela não tinha talento), mas pelo menos a refeição não seria xis de novo. E assim era a semana.

Passaram 20 anos e como vão as coisas? Amo as flores. Ainda não gosto de rosas, principalmente as vermelhas. Porém escolhi trabalhar em algo que é tão parecido com aqueles dias de confusão, porém sem glitter. Não tinha muita noção disto quando escolhi meu destino.
Minha cabeça parece os cômodos da casa cheios de flores, porém com campanhas, promoções, mídias. Houveram anos que devo ter escrito umas 40 mensagens diferentes sobre a mesma coisa. Neste, por felicidade, tenho colegas lindos me ajudando nesta árdua tarefa. Mas a rotina está quase igual de quando vivia numa floricultura. 
Acordar cedo e não pensar em nada a não ser “enfeitar rosas” para outras mães que não a minha. Aí vai chegar domingo (como outros anos) e a minha mãe não vai ter uma postagem especial, uma mensagem tocante, uma rosa enfeitada, um cartão bonito, pois trabalhei tanto para que outras mães ganhassem seus presentes, se sentissem homenageadas e especiais.

Agora é a minha vez de estar com as mãos tingidas de fita, porém ainda saí no lucro, pois o carreteiro da minha mãe é muito melhor do que o da minha avó!

16 de abril de 2020

Tutu Tubagata



Cinza sempre foi uma cor que eu associei com tristeza.

O nublado era sempre sinônimo de melancolia.

Dias cinzas, sorrisos cinzas, nuvens cinzas, sempre foram formas que eu usava na escrita para representar a falta de alegria.

Mesmo que eu ame dias de chuva!
Mas o cinza agora para mim é uma paleta que representa energia, beleza, felicidade.
O cinza é a cor da Tutu.

Meus dias estão cinzas. Cinza de Tutu. E isso é bom!
Cinza de uma gatinha filhote que morde, arranha, estraga tudo o que vê. Que cavoca a terra dos vasos, corre pela casa, entra em qualquer lugar que pode (e não pode), provoca os outros seres da casa, tenta tomar o café da minha caneca, sobre em cima do meu notebook, não me deixa trabalhar sossegada e depois de fazer muita bagunça, pula do meu colo, me olha com seus lindos olhos verdes e se aninha para dormir.

Agora eu gosto de cinza!
Pois cinza ronrona! Cinza tem nariz rosado que toca no meu. Cinza nota que eu estou triste e esfrega sua pequena cabeça em minha buchecha para dizer que está perto. Cinza mia!

Cinza é tão lindo! Eu agora adoro esta cor!

15 de abril de 2020



Cabelos desgrenhados, dentes ligeiramente grandes, valores morais bem balisados e intensos, dedicação, lealdade, chatice, nerdice, uma bruxa fabulosa, foco nos estudos, paixão pelos livros. Hermione Granger tem muito de mim.

Fuga da realidade nas situações mais corriqueiras possíveis. Histórias fabulosas que só fazem sentidos em mundo de sonhos. O sorriso dos outros antes mesmo do seu. As framboesas e os feijões. Um anão de jardim que pode viajar pelo mundo. Aquele som de sanfoninha que dá vontade de dançar com vestidos retrôs e sapatinhas. Amelie Poulain tem muito de mim.


Olhos de jabuticaba, a gula pelo o que há de bom na vida, as fatias de melancia, um gato como cia, o senso de humor irônico. Magali tem muito de mim.


As vezes eu acho que a realidade é que não tem muito de mim, pois parece que ela não se encaixa com aquilo que sou. Talvez porque ela não seja tão poética, doce e aventureira. É chata, fria, tediosa e cansativa.


Mas o que somos nós se não personagens de nossas próprias vidas... de romances, dramas, comédias e terrores? Novelas mexicanas ou documentários sobre a vida selvagem de indivíduos comuns em dias de outono de uma pandemia.


Só sei que sou a mistura de muitas coisas, cheia de facetas e e digna de ser um personagem daqueles livros cheio de páginas, pesados e de capa dura e bem bonita. Só preciso começar a escrever ele de uma vez!

25 de março de 2020

Estamos todos presos

 


Acelera! Você pode! Pisa fundo! A estrada é só sua! Corra! Vá até o seu limite. Ninguém pode segurar você. Quer dizer... não podia!

Era assim que a humanidade se sentia... Como em uma corrida, em um carro potente e veloz! Pisando fundo, sentindo a adrenalina e a força voraz de ser dominante e cruel. Mas teve que frear.
Foi obrigada a frear. A natureza. O destino. Seja lá como podemos chamar isto... Algo nos obrigou a frear.

O mundo parou! Um vírus que nem sequer conseguimos enxergar nos fez parar. Não foi uma barreira gigantesca de pedras. Não foi um muro. Não foi um iceberg. Não foi um meteoro. Foi o invisível aos olhos que nos fez parar.
E será que já deu para entender um pouco o porquê disto tudo?

É para que todos nós possamos olhar para dentro. Olhar para a gente. Para respirar, desacelerar e refletir de verdade! Afinal, a gente não reclamava que não tínhamos mais tempo para nada?! Então! Nós ganhamos aquilo que tanto pedimos! E agora, faz o que com isso?

É uma oportunidade única e talvez a última que a gente tenha para evoluir e nos tornarmos melhor. Olhar para aquilo que a gente se tornou e buscar redenção. Sim, redenção. Pois estamos tendo ainda uma oportunidade de mostrar ao mundo que vale a pena acreditar na gente, que parte de nós ainda vale a esperança! Que o planeta não deve desistir da gente.

Dentro das tuas grades, olhe para dentro de sí! Sem egoísmo! Sem pena também. Aproveite o silêncio e se escute.
E quem está contigo neste momento? Por algum motivo a sua companhia é quem deve estar ao teu lado neste tempo. Um precisa do outro. É tempo também de olhar para a sua família. Muitos serão obrigados a conviver com ela neste momento. Desligue a TV e conversem, se escutem, se abracem. Se perdoem, riem, aproveitem a oportunidade que a vida está te dando! Quem puder fazer isto...

Recebemos um presente de grego. Uma uma oportunidade de avaliar muitas coisas... e algumas coisas tiramos conclusões boas e outras esfregam verdades amargas na nossa cara: o consumo, a vaidade, as relações, a rotina, o trabalho, o egoísmo, o tempo, a forma como nos alimentamos, o valor do dinheiro, a nossa casa, a desigualdade social, o tédio, os hábitos que tivemos em nossa vida, a família, a liberdade, quem a gente coloca no poder.

Sabe quando nossa mãe nos colocava de castigo, sentada no cantinho para “pensar no que a gente fez”. É exatamente o que está acontecendo com a gente. Estamos sendo obrigados a pensar no que a gente fez de errado. E agora eu te pergunto. Quando a gente saia do castigo, antes do tempo, sem pensar no que a gente fez, o que a nossa mãe fazia? Ou nos colocava lá de novo, ou quem sabe rolava uma chineladinha.

Então... O que mais precisa ser dito para nós, crianças mimadas que somos, para entender, que, ou a gente muda, ou nossa “mãe” tomará medidas extremas?

E lamento te contar... mas as coisas vão piorar. Ainda teremos fases piores. Ainda o medo não estará alastrado, a sensação de morte iminente ainda está longe, pelos canais de TV mostrando as belas ruas italianas, que um dia eu pretendo passar. Quem sabe, quando chegar neste sentimento triste aqui, a gente entenda o que eles lá sintam, e quem sabe entendamos um pouquinho o que os refugiados de guerra sintam, e um pouquinho o que um vilarejo africano sentiu em tempos de ebola, ou um pouquinho do que Brumadinho sentiu. Enfim, sei que é pesado o que estou dizendo, mas muitas vezes só quando uma pessoa sente medo de verdade, passa a entender que outra pessoa também sente. Só quando uma pessoa sente dor, entende que o outro também sente.

Faltará dinheiro. Sobrará fome. Haverão lágrimas. Por isso não pode faltar empatia.

No meu ver, isto maior do que uma doença! É maior do que eu, do que você, do que nossa roda de amigos ou nosso país. É maior do que a conta bancária de grandes figurões! É maior do que uma crise financeira! É uma reconfiguração de muitas coisas. Foi dado um reset no mundo e a culpa é todos nós! Fomos egoístas, gananciosos, autoritários. Nós descumprimos as leis da natureza. A gente foi indo, cada vez mais rápido, mais imprudente, mais acelerados, mais sedentos, e quando percebemos, chegamos aonde estamos. É uma intervenção! É necessário, dolorido, triste, assustador. Mas é uma chance... A chance que temos de pisar no freio. De respirar. De aceitar e voltar uns passos.

Abrace quem você puder! Só quem está dentro da sua casa, por segurança, viu!
Daqui uns dias, vamos precisar de mais força, amor, empatia e solidariedade.
E quando isto passar, pois vai passar, vamos tentar juntos fazer alguma coisa diferente?

17 de fevereiro de 2020

Coragem para seguir em frente



Até que ponto, você teria coragem de largar tudo para ser quem você realmente é? De escolher um novo caminho, só seu?

Isso precisa de coragem! Coragem esta que a maioria de nós não temos! Mas tive o privilégio de assistir, e aplaudir, algo assim acontecer.

Ser individual é um presente! Poder expressar o que quer, sente, gosta e abraçar o que te faz feliz, não é uma bênção que todos nós temos! Muitos e muitas ficam trancadas em grades imaginárias, impostas por outras pessoas, como a família, a namorada, o marido, os amigos, a sociedade como um todo. Tem gente que teme de sair deste quadradinho e brigar por aquilo que realmente merece: a liberdade de ser único!

Liberdade, muitas vezes, é uma condição física. Mas também é um condição psicológica. Afinal, mesmo que você possa caminhar por aí, sua mente e coração podem ter tido as asas cortadas. Mas com trabalho e coragem, dá pra colar elas novamente, com cola quente.

Vi uma amiga colando suas asas. Com medo, com tristeza, com dor... a cola ardia na pele, mas ela continuou colando, mesmo que isso machucava. E cada nova peninha, dava pra ver a coragem aumentando, até que pulou para um grande voo. São poucas pessoas que tem tamanha coragem! E isto é tão admirável e potente!

Mas ver isso acontecer, não apenas me deu uma nova dimensão da ideia de coragem, mas também de generosidade. Pois quando ela estava cansada, veio uma porção de pessoas de vários os lados ajudar na tal tarefa de consertar suas asinhas. Gente pra abraçar quando estava com medo, gente para assoprar a cola, gente para catar as penas pelo chão, gente para colocar um trampolim para que alçasse seu primeiro voo e gente lá no chão, esperando com o Merthiolate, caso rale um pouco os joelhos na hora de aterrissar. Pessoas que estavam dispostas a fazer o bem de forma genuína. Sem querer nada em troca, sem nenhuma pretensão. Só espalhar o bem! E sabe pq isso acontece? Porque a mocinha com as asas coladas também é do bem. 

Coisas boas acontecem quando a gente é generoso com o mundo.
Que esta semana seja assim! De coragem e generosidade!
Coragem para sermos nós mesmos e seguirmos no caminho que que nos faz feliz. Generosidade para ajudar os outros a voarem e deixar o céu mais bonito!

28 de janeiro de 2020




A gente escolhe o caminho que quer seguir.

As vezes não temos muitas opções de trajeto ou mapa para nos guiar, mas somos nós que decidimos dar o primeiro passo.

E decidimos também continuar caminhando.
Você está num caminho que realmente deseja estar? Está contente com o cenário que está enxergando? Está satisfeita com o ritmo da caminhada?

Lembre-se que quem define isto, é você!
Aproveite o caminho, respire fundo, sinta o chão tocando em seus pés e faça o trajeto ser tão especial quando à chegada.

E se você não está feliz, pode voltar até aquela bifurcação e escolha a outra estradinha. Se não der para voltar, então corra! Passe correndo, para que passe logo e você encontre o caminho de tijolos dourados que tanto anseia.

Só não fique parada! Continue em movimento e aproveite o passeio nesta rota chamada vida!


3 de janeiro de 2020

O que você pode fazer por 2020?

 


O que estou fazendo exatamente agora?

Além de escrever, é claro?!
Tomando um café no meu escritório e sentindo e refrescante brisa entrando pelo meu jardim. Estou num dos lugares que mais sonhei na vida! Um cantinho pra chamar de meu!

Uma mesa branca com muitos lápis coloridos. Bonecos e enfeites que fui guardando ao longo dos anos. Uma parede linda de passarinhos. E quando olho para o lado, vejo as plantinhas que tento manter vivas com meu pouco conhecimento botânico.

Este lugar foi uma conquista de 2019, que mesmo que tenha sido um ano bem espinhento, me trouxe coisas boas.
Eu estou no meu lugar no mundo! Com o clima que eu amo! 
Fazendo o que eu amo! E me inspirando para fazer mais disto em 2020.

Em breve vou levantar desta cadeira, trocar de roupas e ir almoçar com meus pais. Não tem coisa melhor do que poder sentar à mesa com eles. Depois vou até o hospital fazer um exame (não se preocupe, estou bem), pois uma das metas deste ano é acabar com o raio da dor de cabeça que tanto me maltratou em 2019. Hoje é dia de cuidar de mim... de esfolhear a pele com mel, tomar um banho demorado, cuidar do cabelo. Nada de loucura de salão. Só eu e minha gata curtindo o aroma de um incenso e um tempo para olhar no espelho e pensar...você é linda assim!

Lá fora acabou de passar um pai com seu filho, recolhendo recicláveis. Já é o suficiente para a gente pensar um pouco no quanto reclamamos por pouco né?! Enquanto estou em um dos melhores lugares do meu mundo, tem uma criança trabalhando em pegando chuva lá fora. Ou seja, é vida dizendo, alou! Comece o ano com gratidão e também com caridade, pois sempre haverá pessoas no mundo precisando de você!

E como tá sendo o seu ano novo? Já está trabalhando? Está voltando da praia? O que anda fazendo?
Que tal começar a refletir sobre todas as oportunidades que este ano está te dando? Deixe o vento tocar o seu rosto e respire fundo deixando o seu corpo todo se energizar. Busque dentro do seu coração o que você pode fazer por 2020!Como você pode mudar as coisas. Sejamos gratos por tudo o que passou em 2019... tudo foi necessário.

E meu desejo para o ano novo? Que eu possa me comprometer mais com aquilo que faz bem. Pra mim e pra vc!

22 de novembro de 2019

Perfeita celulite



Sabe o que eu e a Paolla Oliveira temos em comum? E que provavelmente você, minha amiga, também tem?

Celulite!
E qual o problema né?!
A gente cria uma imagem idealizada de mulheres perfeitas. Óbvio que a mídia e a publicidade dão um gás nisso! Chegando num momento que tanto nós mulheres, quanto os homens passam a realmente acreditar na existência de numa beleza endeusada, perfeita, imaculada.

Mas meus caros...isso não existe! CASO AINDA NÃO TENHA ENTENDIDO!
A gente tem um pouco de culpa nisso! Condenamos nossos defeitos como se houvesse a possibilidade deles não existirem. Criticamos as gordurinhas das outras mulheres, as manchas na pele, o cabelo sem brilho e por aí vai, como se todas nós tivéssemos a obrigação de ser perfeitas. Como se a beleza realmente devesse seguir um padrão.
Homens também irritam nesse sentido. Ficam fantasiando com uma Paolla Oliveira, mas muitas vezes não valorizam a mulher incrível que tem do lado. Meninos, deixa eu contar uma coisa... a Paolla é uma mulher como a sua. Ela também vai acordar despenteada e sem maquiagem, também tem olheira, também usa moleton e olha só, também tem umas celulites naquele bumbum que fez parar o Brasil um dia. Ambas são lindasssss.

Não estou dizendo que é para a gente ignorar nosso corpo. Não é isso! O nosso corpo é nosso templo. E a vaidade também tem a ver com autoestima, confiança, empoderamento. Sou a favor dela, a favor de se olhar no espelho e ficar feliz com isso, a favor de se cuidar como um ato de amor próprio. O que estou dizendo na verdade é que não devemos ser reféns disso.

E que bom que algumas coisas estão mudando. Que algumas marcas estão parando de usar somente aquelas modeletes magras e usando meninas com corpos mais realistas. Que tá tudo bem aparecer na rua de cara lavada. Que tem gente pouco ligando para tratar a foto no Photoshop e esconder a celulite e as estrias. Isso é liberdade!! Lembre-se: ACEITAR ESSES “DEFEITOS” É SINAL DE CONFIANÇA.

A Paolla não tem obrigação de ser perfeita.
Eu não tenho obrigação de ser perfeita
Você não tem obrigação de ser perfeita.
Se a gente parar de julgar os coleguinhas, tudo fica melhor!


7 de outubro de 2019

Toda menina precisa de uma coelha



Teve um dia que o Coelho da Páscoa me traumatizou.


Não sei ao certo quantos anos eu tinha, mas havia feito uma combinação (forçada diga-se de passagem) com o tal Coelho. Eu trocaria com ele minha chupeta velha por uma nova e os chocolates dignos da data. E eis que acordo na manhã de Páscoa e realmente, a minha chupeta nojenta já havia desaparecido da minha cama. Vou em busca do ninho escondido e eis que encontro o combinado. Chocolates e uma chupeta nova.

Porém eu não gostei da troca. Fiquei magoada com aquele Coelho sacana. Afinal, não tinha assinado nenhum contrato, na verdade devo tem só acenado com a cabeça, em alguma das investidas dos meus pais. Tudo bem, tanto meus pais, quanto o Coelho, estavam certos, eu devia largar aquele troço velho, babado e nojento. Mas era meu!
A noite seguinte foi pior, pois temi que o Coelho levasse embora outra coisa velha e fedida que eu me importava: A Lilica.

28 de agosto de 2019

Efeito Sombra

 


Em tempos passados, na época de ouro do Twitter, minha frase de apresentação era: 51% do bem, 49% do mal. Isso gerou algumas pequenas críticas na época, o que achava (e ainda acho) uma besteira! Afinal, somos feitos de luz e sombra.

Talvez as palavras “bem” e “mal” sejam pesadas. O conceito de luz e sombra hoje me parece mais inteligente. A gente precisa de um equilíbrio.
Falando nisso, existe um conceito chamado “Efeito Sombra” que fala exatamente isso. Toda luz cria uma sombra. E que nós precisamos ficar de bem com a tal sombra para podermos nos perceber como seres completos.

A maioria das pessoas tá mais acostumado com meus 51%. Doçura, bondade, amor pelos animais, pensamentos positivos, palavras de apoio, disponibilidade quase infinita de ajudar e ensinar, gentileza, sorriso, presentinho fora de hora.

Mas é obvio que tenho o lado obscuro, tem aqueles 49%: Um rock pesado e sujo no ultimo volume, prazer em esbravejar palavrões, levantar a voz por revolta, ler histórias que não acabam em finais felizes e acabar com uma garrafa de vinho tinto no meio disso tudo. Tenho meu lado vingativo, cruel e não tenho disposição para perdoar ou paciência para isso também. E tá tudo bem! Você também tem um lado assim!

Isso as vezes surpreende quem não está muito perto... como pode essa doce menininha, cantar aos berros uma música do Matanza? Como pode essa garota que escreve tanta coisa cheia de fofura ter assistido todo o acervo sobre serial killers do Netflix? Como pode essa pessoa tão gentil saber xingar tão bem?

Acho engraçado quando me dizem “não consigo te imaginar brava”. Todos nós ficamos bravos, irritados, possessos. Alguns gritam, outros quebram coisas, os fãs de Nero botam fogo (#tamojunto). Nesse planetinha, foram poucos os pés santos que pisaram, e nós com certeza não fazemos parte desta estatística.

Todos nós somos serzinhos do mal. Mas somos serzinhos do bem também.
E tá tudo bem! Eu ainda sou amor!


21 de junho de 2019

O case de sucesso de uma madrinha péssima

Sou uma péssima madrinha!
Não tenho jeito com crianças, não sei brincar, não sei como conversar, mesmo gostando muito do universo infantil e ter agora um escritório com vários bonecos e brinquedos. E mesmo assim, sendo péssima, tenho vários afilhados... na hora de escolher presentes para eles é sempre algo educacional, que estimula o raciocínio. Nada de bonecas e carros comuns... mas jogos, massinhas, coisas de montar e claro: livros!

O meu afilhado mais velho é o Henrike, um menino de ouro. Um serzinho que eu amo demais. Normalmente quando entrego um pacote de presente para ele, já adivinha...é um livro né?! E segundo minha cunhada, mãe dele, deu certo. Pelo menos um, eu já consegui persuadir. Os outros ainda são pequenos demais, mas quem já sabe folhar alguma coisa, já ganhou livros.

Um dia ele disse para os pais dele, que eu dava tantos livros pois queria que ele lesse e que eu era a pessoa mais inteligente que ele conhecia. E esse meu pequeno, é o melhor leitor da turminha dele, acredita?! E sabe porque eu estou te contanto isso? Porque talvez para ser uma dinda relevante, não precise saber brincar e correr, nem saber trocar fralda, fazer parar de chorar ou estar sempre presente. Afinal, nem todo mundo tem jeito com os pequenos.

E por isso também quero contar uma outra história. Quando eu era pequena eu também tinha uma grande admiração por um dindo e acreditava também que ele era a pessoa mais inteligente que eu conhecia: O dindo Flávio.

8 de maio de 2019

Eu posso te abraçar?


Estava conversando com uma amiga que não via há alguns meses. Essa vida corrida faz da gente seres invisíveis. Mas enfim, falávamos sobre algumas coisas não positivas, mas de grande aprendizado que aconteceram na vida dela, e me veio alguns questionamentos em minha cabecinha miolenta.

Já percebeu como a gente tem o péssimo hábito de minimizar a dor do outro? Como a gente acaba muitas vezes não dando tamanha importância para o que outro sente, pois a gente relativiza com o que a gente sente, com a nossa forma de encarar os desafios e a dor. Peraí...vou te explicar!
 
Falávamos sobre síndrome do pânico. Algo difícil para muita gente entender, pois realmente é complicado conceber a ideia de que você está tendo um piripaque e acha que vai morrer, mas teu corpicho tá na verdade de boas. Aí tem gente que diz, “isso é só uma coisa da sua cabeça”, e realmente é, mas ao falar isso, acaba minimizando (mesmo que não seja por querer), como se fosse uma bobagem, uma coisa qualquer, ou pior, que não é de verdade e que aquela pessoa quer estar naquela situação.
E deixa eu te contar...ela não quer!
Ninguém quer!

16 de abril de 2019

Deu pra ti princesinha


Quando eu era menina, a minha princesa preferida era a ... Mortícia Addams.
Ah, tinha também a Elvira, as bruxas de Abracadabra e também a Xuxa, que ainda tem a fama de disseminar mensagens obscuras nos seus discos, quando girados ao contrário.

Seria eu uma esquisita? Claro que não!
Sou de uma geração de princesas meigas, delicadas e frágeis. A única que curtia um pouco era a Bela, afinal é ela quem resgata a Fera através do seu amor e não ao contrário. Mas as outras... pareciam que faltava um pouco de poder, de ímpeto, de graça.

Sorte dessa nova geração com ícones como a Hermione, Valente, a Elsa, a Mulher Maravilha, a Capitã Marvel. Personagens sem a necessidade absoluta de um príncipe, um resgate em um cavalo branco, essas coisas...
Obviamente não sou contra o romantismo das histórias, afinal sou movida pelo amor, e minha querida Mortícia vive um grande, intenso e eterno caso de romance com o charmoso Gomes. Mas acho cansativo esses padrões criados e acreditados durante tanto tempo, que nós mulheres, seremos resgatadas de uma torre e seremos salvas com um selinho mixuruca.

Prefiro as bruxas! 

18 de fevereiro de 2019

Não sou corpo, sou alma


Você está numa sala com 10 pessoas. Você parece bem, plena, confiante, mas lá no fundinho está ansiosa, está se sentindo deslocada, insegura por qualquer motivo, seja o cabelo que não está impecável, a roupa que não caiu bem, tá inchada por estar naqueles dias, por achar que tem um alface no dente, ou porque vão te perguntar alguma coisa e não saberá responder... Deixa eu te contar uma coisa... nesta sala existem 11 pessoas sofrendo.
Todo mundo neste mundo se sentirá inseguro em algum momento. E duvido quem se sinta tranquilo o tempo todo, a ponto de discordar com essa minha estatística! Se sentir plena todos os dias da vida é uma tarefa impossível.

4 de janeiro de 2019

Salve os unicórnios



E aí 2019! Finalmente você chegou! Estávamos ansiosos por este momento e agora a pergunta é o que você espera da gente e também o que esperar de você!

O ano passado foi intenso e tenso. Muitas coisas boas se revelaram e outras bem complicadas tomaram forma.
Em 2018 me descobri, entendi e vi beleza e grandeza em coisas pequenas que fazia. Foram muitos redescobrimentos, afirmações e fortalecimento de valores e crenças em coisas boas. Me desenvolvi como ser humano e entendi (na verdade aceitei) minha essência, a qual muitas vezes achava frágil, mas nela percebi a minha maior força.

Tatuei minha pele, seduzi uma câmera, escrevi muito, idealizei um sonho, que um pouco mais tarde do que planejado ainda vai sair do papel e virar papel. Um ano que serviu para reforçar quem eu sou e o que eu quero do mundo e para o mundo. Tens ideia o quão grandioso é isso, mesmo que subjetivo?
Sinto que me libertei de muitas amarras!

5 de dezembro de 2018

A moradora da rua Paris


Paris, a cidade luz e mais visitada da Europa. Sinonimo de moda, arte, requinte. O destino sonhado por vários mortais. Essa Paris todo mundo conhece, nem que seja por foto não é mesmo?! Mas existe outra Paris... uma rua localizada em uma cidade pequena do Rio Grande do Sul. Lá só existem 7 casas que ficam guardadas em muros e grades bem altas. Os moradores desse lugar tem uma vista tranquila para uma área verde, com árvores altas e pássaros cantores. Nesta Paris, além dos pássaros, moram pessoas adultas, crianças, gatos e cachorros. A maioria deles estão trancados dentro de seus mundos e muros, mal se enxergam para dizer um “boa tarde”. Porém, havia uma moradora... Apenas uma, que quebrava este padrão e percorria toda a Paris saltitante e feliz: a Floquenta.


Floquenta teve outros nomes... alguns chamavam de Lupita, outros de Princesa. Eu batizei de Floquenta, pois ela parece um grande sorvete de flocos. Ela é feliz como sorvete!
Mas afinal, quem é essa moradora da nossa Paris? Ela é uma cachorra vira latas que fez dali seu lar. Um dos vizinhos a oferecia água e comida, mas seu espírito livre a fazia estar sempre percorrendo aquela e outras ruas dali de perto. O animal mais simpático que já conheci na vida, que faz amizade com outros bichos e gente, com grande facilidade. Acredite, nenhuma miss consegue ser tão carismática quanto essa dog. E dia após dia, ela corria rua, brincava e pulava em todo mundo.

19 de novembro de 2018

Aos 13 anos, eu ainda era uma menina


Quero contar uma historia para vocês... Um caso que pode ter acontecido com muitas meninas e provavelmente com quase nenhum homem. Talvez seja interessante, você que é homem continuar lendo...
Aos 13 anos eu estava caminhando em uma rua do Centro de Sapiranga. Na época minha mãe tinha uma loja lá, e eu tinha ido buscar alguma bobagem para comer ali perto. Era uma tarde qualquer, em uma rua com movimento, um caminho bem tranquilo de se fazer. Aos 13 anos, eu era uma menina magrelinha. Tinha cabelão comprido, pernas finas, praticamente sem seios. Eu ainda tinha formas e jeito de criança. Me vestia como uma menina, camiseta, calça jeans, tênis, assim como na escola. Conseguiu imaginar a cena?! Ok! Então vamos para a continuação...
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